Acessibilidade em Socorro/SP

Foto: Itamar Mariano
Boia Cross – Acessibilidade em Socorro/SP

Socorro: cidade modelo em acessibilidade

A cidade de Socorro, estância hidromineral localizada a 134 km de São Paulo e que integra o circuito das águas paulista, referência em turismo de aventura no estado, começou a se preparar para receber também turistas com deficiência. Em maio de 2009, foi realizada a inauguração oficial das adaptações no município, com participação do Ministério das Cidades, que financiou R$ 1,5 milhão das obras. Dos cerca de 400 mil turistas que visitam Socorro anualmente, aproximadamente 10% são pessoas com deficiência.

Segundo a Comissão de Acessibilidade de Socorro, o município recebeu a missão de tornar-se o primeiro destino turístico acessível. Para desenvolver esse trabalho, além de contar com o respaldo da legislação já existente, o município conta com o apoio da população e do comércio local.

investimento na cidade incluiu transporte e equipamentos adaptados, além de investimento em treinamento de profissionais para atender pessoas com deficiência. Cada público é atendido de acordo com suas necessidades. Além disso, os pontos turísticos do centro histórico são interligados por um piso tátil e os semáforos foram adaptados com recursos sonoros, para atender a pessoas com deficiência visual.

No município foram construídos banheiros e rampas de acesso para pessoas em cadeira de rodas, demarcadas vagas de estacionamento para pessoas com deficiência. Também foram adaptados brinquedos em locais públicos. “São medidas que garantem com facilidade o acesso das pessoas de baixa mobilidade e as adaptações devem servir como exemplo para outros locais”, diz o vereador Luciano Taniguchi, que é cadeirante.

O projeto Socorro Destino Referência em Turismo Especial é uma parceria entre Prefeitura, Ministério do Turismo e Associação Brasileira de Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta), entre outros.

 

BENEFÍCIOS

A prefeita de Socorro, Marisa de Souza Pinto, diz que o projeto, que inclui adaptações para a prática de atividades como tirolesa, arvorismo, rapel, caminhada de curta duração, cavalgada e rafting, beneficia toda a sociedade. “Os projetos contemplam aqueles que buscam o turismo especial, mas vai muito além disso, pois atende aos desejos da população como um todo, desde as crianças até aos idosos. É uma inclusão por meio de uma acessibilidade universal”, explica.

Os parâmetros para a adaptação de hotéis, restaurantes e ambientes públicos levou em consideração o Decreto Federal 5296/04 e a norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) 9050/2004. Além disso, o município publicou duas leis para promover acessibilidade, segurança e inclusão de pessoas com deficiência. A Lei 3281/08 regulamenta regras de segurança na prática de turismo de aventura e ecoturismo e a 3300/09 estabelece normas gerais e critérios para a promoção de acessibilidade das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

 

REFERÊNCIA PARA O BRASIL

Os projetos de acessibilidade desenvolvidos em Socorro despertaram a atenção de autoridades em outras cidades, como o Rio de Janeiro, que pretende utilizar como exemplo as ações de Socorro. O objetivo é efetuar as alterações até a Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil, atendendo a legislação nacional sobre acessibilidade e também as exigências impostas pela organização da Copa. O chefe da Divisão de Turismo do município destaca que já foi atendida “uma comitiva do Maranhão para conhecer as principais ações que estamos executando para atrair turistas de todos os segmentos sociais e, principalmente, a questão da acessibilidade”.

O futuro de Socorro, destaca a prefeita Marisa, vem sendo traçado pela parceira entre os governos federal, estadual e municipal, empresas e entidades do terceiro setor. O Ministério do Turismo investiu em obras, capacitação, implementação de normas técnicas, formação de grupos de gestão. A diretora do Departamento de Articulação, Estruturação e Ordenamento Turístico do Ministério do Turismo, Tânia Brizolla, afirma que “é muito gratificante ver um pequeno projeto de inclusão social, voltado para atender pessoas com deficiência, se desenvolver e transformar o município em um destino acessível universalmente”.

Fonte: www.ame-sp.org.br

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